Posts tagged ‘Assírio & Alvim’

19/07/2012

LER, SIMPLESMENTE

por cam

Vai chegar, ou já chegou, o tempo dos “livros de férias” (ou “para férias”)… É a praga que nos assalta, vinda nas asinhas e nas peles escamadas de “jornalistas” “culturais” e nos inefáveis “suplementos de férias”. Tudo regado com aquela coisa chamada “vinho” rosé (ou verde 3 Marias & afins, também “vinho”, dizem…). Ou chá. Ou café. Ou…

É uma praga para quem, simplesmente, lê. Os jornais e revistas, habitualmente parcos em trabalho sobre livros, leituras e leitores, ficam reduzidos a absoluto lixo – o novo “género” chamado “de férias”, ou “para férias”.

Quem é sensível a estes conselhos, em férias na praia (no campo, onde se queira), não continua as suas leituras que já vêm de trás, do tempo de não-férias, não, armam-se essas pessoas de livros “de férias”, ou “para férias”, comprados em super-mercados, por conselho dos tais “jornalistas” ou de vedetas televisivas. Vivemos em democracia, apregoa-se, e só temos de nos convencer disso, não há outro remédio.

Nestes meses, eu que não tenho férias “normais”, continuarei a dedicar-me aos livros amontoados na secretária de trabalho, na mesa-de-cabeceira e em outros locais domésticos. Tenho feito um esforço para não cruzar muitas leituras e, assim, por agora agarro-me com imenso prazer, ao Danúbio, do italiano Cláudio Magris, uma escrita delicada, culta e de uma enorme sensibilidade sobre a área a que os alemães no final do século XIX chamaram de Mitteleuropa, e que cobriria, toda a Europa Central, parte do Império Russo, zona dos Balcãs, etc. O conceito tem uma actualidade extrema, diga-se. No seu deambular pelo Danúbio – que só foi azul na valsa do Strauss, e que é cinzento-amarelo-lama – Magris fala da história (muito), de grandes nomes da literatura, da filosofia, do pensamento (mas também do quotidiano), com uma sensibilidade e um cuidado literário de excelência. O modo como muitas figuras são evocadas dá-nos visões de uma singularidade inteligente, a obrigar por vezes a deixar a leitura e a ir folhear as páginas desses autores, à luz de outros pontos de vista, quase sempre originais. Vou a pouco mais de meio mas sei que quando o terminar terei de voltar e voltar. Ah, a edição que tenho veio com uma revista semanal, ao “preço da uva mijona” – é de aproveitar, num jornaleiro perto de si!

Antes deste, li duas obras portuguesas, bem diferentes entre si e nos seus propósitos literários, mas ambas de uma grande qualidade: Retorno, de Dulce Maria Cardoso (Tinta da China) e Autismo, de Valério Romão (Abysmo).

Embora saiba que muito provavelmente não cumprirei o que estabeleci para próximas leituras, eis o que poderá interessar quem leia estas linhas: HHH, de Laurent Binet (Livre de Poche), Caríssimas 40 Canções, de Sérgio Godinho (Abysmo), Elegia de Cronos, de Nuno Dempster (Artefacto), revista Criatura, Ensinar o Caminho ao Diabo, de Miguel-Manso (ed. autor), Corpo, Arquitectura, Poema, de João Borges da Cunha e Jorge Fazenda Lourenço (Assírio & Alvim), A Poesia Ensina a Cair, de Eduardo Prado Coelho (IN-CM).

11/05/2012

VIAJAR DE SI PARA SI

por cam

O senhor Vasco Teixeira, “patrão” da Porto Editora, afirmou numa entrevista (ao jornal Público, em Novembro de 2010, salvo erro): “Se me perguntar se daqui a dez anos ainda se edita poesia em Portugal, eu dir-lhe-ei que não. Quando muito teremos algumas edições artesanais. (…) E haverá mercado para isso. Para o tipo que faz uma edição de 30 ou 50 exemplares, que os amantes de poesia comprarão.” Deve ter sido para “acabar de vez” com a poesia que o sôr Teixeira comprou, entre outras editoras, a Assírio & Alvim. Também deve ter sido por estas e por outras malandrices que surgem cada vez mais “edições artesanais” de poesia. Boas. Não sei se todas fazem edições de apenas “30 ou 50 exemplares”, mas o sôr Teixeira terá razão quando diz que “que os amantes de poesia [os] comprarão”. Longa vida ao camarada Teixeira! (sem poesia vive-se mais tempo, pensará ele e os que o apoiam…). Viva! Pum!

“Capitais”, livro de poemas de Paulo Tavares, foi editado este ano pela Artefacto (não está impresso o nome mas foi mesmo assim que eles quiseram), pequena editora sediada na Guilherme Cossoul, em Lisboa, antiga e veneranda sociedade recreativa de bairro que muito e bom teatro nela fez nascer. A tiragem é de 200 exemplares (‘tá a ver, sôr Teixeira, ainda está longe a sua metazinha de apenas “30 ou 50 exemplares”…) Para “os amantes de poesia”, já se vê (seremos assim tão poucos?).

O viajante por capitais da velha Europa tem “guardada num / minúsculo compartimento, a terra natal, / o país onde o mar se transformou / num mausoléu para adoração à distância / e as margens em ancoradouros balneares.” Na viagem, mesmo que ela esteja longe de ser a romântica viagem de educação (sentimental e outra, mas sempre iniciática, como todas as viagens são, e as que se fazem ao interior de nós mesmos não são excepção), há uma “sobreposição dos elementos: / história, ficção e tudo o que lá cabe.” Numa das paragens, o viajante abre “o quarto a um obsessivo foco / de luz cartesiano: estou vivo, existo, / e a realidade surge, tantas vezes, como / um aspecto secundário a essa constatação.” Mas pode hesitar nesta constatação: “quem nos dá, / afinal, classificação negativa / na competência de estar vivo?” Na exposição à viagem (viajar é algo a que nos expomos, saber até onde aguentamos a fuga – de nós e dos outros – em simulacros de aproximação ao outro, ao outro de nós), sob o efeito de um “copo cheio / de álcool nórdico” acontece também ao viajante apanhar um soco “sem defesa e logo um pontapé / se vem alojar entre as vértebras”; “a dor mais funda, porém, /será sempre de outra ordem: / rasurar da memória o motivo / da porrada e a face oculta de / quem nos apanha desprevenidos.”

Viaja-se entre “estruturas de penumbra”, as ruas a servir “os referenciais do esquecimento / que crescem nos poros / das grandes estruturas vivas.” – as Cidades. E nós nelas.

A poesia é (também) isto: viajar por entre as palavras, tão inseguros como numa viagem para o desconhecido. Que é sempre.

(coisa que o sôr Teixeira nunca descobrirá – também não lhe interessa).

10/05/2012

ACONCHEGOS

por cam

Em ilhas que são desertos de livrarias, e em tempo chuvoso, sabe bem receber livros de amigos.

Ontem e hoje, foram: cerca de 20 obras da editora Sempre-em-Pé, de que deixo aqui a foto de Instrumentos de Sopro, de Ruy Ventura. De outros amigos: Ensinar Caminho ao Diabo e Um Lugar a Menos, do Miguel-Manso (ed. autor). E de João Borges da Cunha e Jorge Fazenda Lourenço: Corpo Arquitectura Poema. Leituras inter-artes na poesia de Jorge de Sena (Assírio & Alvim).

Junto o Já Não Vem Ninguém, do Sidónio Bettencourt (Veraçor), que veio em outra leva de ofertas mas que ainda não tive oportunidade de ler, e por isso se junta a estes.

O monte cresce…

27/03/2012

LIVROS & COMPANHIA

por cam

Estive em Lisboa, onde participei no Dia da Poesia do CCB (leitura e exposição de manuscritos).  Voltei com livros de poesia: Poemas de despedida, vol. VII, seguido de 7 poemas, plaquette “doméstica” do Fernando Machado Silva, Resumo, a poesia em 2011, antologia (oferecida…) dos melhores de 2011 FNAC/Assírio, aliás, Documenta, de que gosto muito pois dela sou sistematicamente excluído, Rui Noronha (poemas gravados em CD), Má Raça, do Alex Gozblau e do João Paulo Cotrim, e 5 pequenos livros de Carlos Mota de Oliveira (edição de autor).

Na casa do correio tinha à minha espera as ofertas Câmara Escura. Uma antologia, da Inês Lourenço, e Pedro e Inês: Dolce Stil Nuovo e K3, ambos do Nuno Dempster.  Boas companhias, portanto.

01/03/2012

QUARESMA DECIFRADOR (01)

por cam

Como se sabe, a arca de Pessoa não tem fim. A dita tem um encantamento mágico que faz com que os seres que lhe tocam se desdobrem noutros seres, e sempre assim, até ao fim dos tempos. A arca existiu mesmo antes de Pessoa e a heteronomia deste é tão só um produto, exuberante, do encantamento.

Cada pesquisador da obra de Pessoa & Cia. queda vítima do processo mágico. Conhecem-se mal os resultados do encantamento nos pesquisadores, apenas podemos deduzi-los dos inumeráveis duplos que se produzem em torno e a partir de Pessoa lui-même, ao ponto de ser razoável questionarmo-nos se este na verdade existiu ou se é apenas uma imagem fantasmática de um qualquer ser original que nunca conheceremos. Duplos de duplos de duplos, sobreposições quânticas de universos possíveis.

Ana Maria Freitas é mais uma “vítima” do encantamento da arca. Para nós, ingénuos leitores afastados da arca-mãe, é uma dádiva o que ela nos traz nesta variação heteronímica, nada mais, nada menos do que um Pessoa escritor de novelas policiárias. Freitas chama-lhe “Quaresma Decifrador. As Novelas Policiárias” (volume de quase 500 páginas publicado em 2008 pela Assírio & Alvim). Estas novelas, 13, foram escritas durante décadas, terminaram com morte de Fernando Pessoa e ficaram todas incompletas. Freitas dá-nos conta desta particularidade historiográfica: “Em Durban começou a escrever histórias policiais, primeiro «Detective Stories» e, depois, «Tales of a Reasoner». “Como figura central criou um detective infalível, de acordo com as regras do policial: o ex-Sargeant Byng, alcoólico, raciocinador, incompetente para a vida quotidiana.” (sublinhado meu). As novelas agora reunidas giram em torno do decifrador e raciocinador infalível Abílio Fernandes Quaresma, solteiro, maior de idade e médico sem clínica. É o “próprio” Pessoa que nos diz dele: “Morava num 3º andar da Rua dos Fanqueiros, num pequeno quarto, desarrumado, com uma janela aberta para os telhados, por onde entrava a luz de Lisboa. Considerava-se um decifrador de charadas. Vivia no seu quarto, num estado de semi-doença indefinida, vegetando embrulhado numa manta e lendo. Deixava perceber, por um ligeiro tremor e pelos dedos amarelados, as marcas dos seus dois vícios, o alcoolismo e o tabaco.” Um “incompetente para a vida. Sonhador, fechado num alcoolismo impenitente e num raciocínio automatizado, Quaresma vagueia pela Lisboa de Bernardo Soares, ao sabor de um devaneio lógico. Um tipo indeciso de asceta da Baixa. A clareza mental atingiu nele o delírio.”

[continua

06/01/2012

AS QUALIDADES DO MANUEL DE FREITAS

por cam

Conhecemo-nos no bairro lisboeta de Campolide, nos princípios de 2001, tinha eu já publicado os meus primeiros livros de poesia “Mundo de Aventuras” (1999) e “Ventilador” (2000) e o Manuel o, também de poesia, “Todos Contentes e Eu Também (2000). Sem o sabermos, éramos vizinhos. Descoberta a vizinhança, veio a amizade. Partilhámos nesses anos o que é comum dois amigos partilharem, com os gostos comuns da poesia e da boa conversa à mesa vinicamente regada. Sempre, ou quase sempre, com a Inês (que em 2002 publicaria na Colóquio-Letras da Gulbenkian uma recensão sobre o “Ventilador” que ainda hoje me emociona). Tive a felicidade de ser um dos antologiados em “Poetas Sem Qualidades” (Averno, 2002 – a sua editora que publicou também em 2004, o meu “A Realidade Inclinada”) antologia que tanto celeuma provocou (e hoje continua a ser uma obra de referência quando se discute a poesia contemporânea portuguesa & etc… – cf. a minha crónica sobre o último livro do Pedro Eiras: “Um certo pudor tardio. Ensaio sobre os «poetas sem qualidades»”, Porto, Outubro de 2011). Depois, anos mais tarde, as nossas vidas descruzaram-se, com mágoa minha. Tudo isto para dizer (lembrar) que a minha escrita sobre livros está inevitavelmente ligada ao modo como me relaciono com os autores por quem nutro amizade. Não pretendo esconder isso, antes pelo contrário. É assim e ainda bem que é.

Manuel de Freitas (Vale de Santarém, 1972) é, além de poeta, ensaísta, tradutor, antologiador e crítico; dirige, com a Inês Dias, a revista Telhados de Vidro e a editora Averno. Esta crónica surge agora a propósito da antologia por ele organizada, e publicada em 2009 mas que só agora tive oportunidade de ler: “A Perspectiva da Morte: 20 (-2) Poetas Portugueses do Século XX” (Assírio & Alvim). O Manuel usou um critério temporal: poetas nascidos antes de 1950. Os -2 são Joaquim Manuel Magalhães e João Miguel Fernandes Jorge que “preferiram não ser incluídos” (p. 12). “Esta antologia (…) está-se nas tintas para a posteridade. Trata-se de uma viagem estritamente pessoal (…)” (p.10). Li-a – com imenso prazer, embora com as inevitáveis discordâncias –, mas o que me leva a escrever agora são outros aspectos: esta antologia (creio que outras se seguirão), completa, de certo modo, a escrita do Manuel de Freitas – de modo nenhum se trata de um gesto de autoridade ou de sobranceria, como por vezes acontece com certos antologiadores. Não, de todo. Por outro lado, reforça a sua visão do lugar poético, dos seus “fazeres” e da sua relação com o “real”. Não se trata apenas de uma “perspectiva da morte”, mas, de certa maneira radical, olhar para trás e trazer à liça os poetas e as poesias de, digamos, uma linhagem. Antologiar, é, no caso do Manuel de Freitas, cimentar um percurso: as “vozes que tanto me marcaram”, “marca-as” ele retroactivamente. Ambição gratuita? Não.

O Manuel de Freitas é uma das personalidades fortes da poesia e do pensar da poesia hoje em Portugal e creio que o tempo só reforçará junto de quem o lê essa evidência. Uns gostam, outros não. Eu gosto.

O Manuel tem dois ensaios sobre dois poetas maiores (Al Berto, 1999, Herberto Helder, 2001); há quase uma década vem publicando no jornal Expresso (suplemento Actual) as suas recensões críticas: creio que todos ganharíamos em (re)lê-las organizadas em livro. Fica a deixa.

16/12/2011

NATAL…

por cam

« Assinaste o teu nome

em papel sufocante

impressão bem à vista

xis escudos por página

um livro repleto

de palavras amestradas

p’ra oferecer no natal

ou isso ou umas peúgas.»

[ poema publicado inicialmente em «Ventilador», Elefante, 2000, e depois em «Registo civil. Poesia reunida», Assírio & Alvim, 2010 ]

«Ainda bem que o natal acabou

logo que soaram as doze

descolei os lábios da mesa

vomitei as doçarias todas

para cimas das notícias

que anunciavam a morte

algures onde o natal

é regado com sangue

e as rolhas das garrafas

são tiros cegos e certeiros

matam velhos e crianças

em natal ou em belém

para o ano haverá mais

se a dor aguentar até lá

nós aqui e eles no inferno

uma data é uma data

e é preciso comemorá-la

com sangue e com lágrimas

um dia os meus lábios

ficarão para sempre

agarrados à toalha de linho.»

[ poema publicado inicialmente em «A realidade inclinada», Averno, 2003, e depois em «Registo civil. Poesia reunida», Assírio & Alvim, 2010 ]

28/11/2011

POEMÁRIO ASSÍRIO 2012

por cam

Saiu o Poemário 2012 da Assírio & Alvim, onde mais uma vez está um poema meu, retirado do Talismã – também está no Registo Civil (parece que está no dia 29 de Março, ainda não o vi). O poema é assim:

Luto sem fim à vista

para saber a medida

desta poesia incompleta

narrativa sentimental

que somente desejaria

não precisar de palavras

substitutos ou remendos

da matéria de um corpo

em expansão noutro corpo

energia transbordante

que vai de um para o outro

apagando o tédio.

[alguns livros meus estão na Wook com 50% de desconto…]

22/08/2011

AINDA A ASSÍRIO

por cam

> O texto do Luís Miguel Queirós no Público do dia 20:

> O Cadeirão Voltaire: «O futuro dirá como correm as coisas, mas o que assusta, para já, e mesmo que se diga que a continuidade editorial da Assírio está assegurada (esperemos que esteja, de facto, e que não comecem a desaparecer autores por não venderem aquilo que ‘deviam), é perceber que começa a não haver espaço para editoras independentes no mercado editorial que hoje temos. E isso, independentemente do bom ou do mau trabalho que os grandes grupos editoriais possam fazer, é mesmo muito assustador.»

19/08/2011

ASSÍRIO EM PARCERIA

por cam

«Porto Editora e Assírio & Alvim estabelecem parceria estratégica»

“O Grupo Porto Editora e a editora Assírio & Alvim estabeleceram um acordo de parceria estratégica para criar sinergias na distribuição e edição dos títulos publicados pelas duas editoras.

No comunicado hoje divulgado, a Porto Editora afirma que é “assegurada a autonomia editorial (…) preservando-se, assim, as características fundamentais de uma editora de prestígio reconhecido”.
Segundo o mesmo comunicado, os objetivos deste acordo, que inclui todo o catálogo e fundo editorial da Assírio & Alvim, são “dar maior sustentabilidade ao excelente trabalho editorial, bem como contribuir para que as respetivas obras cheguem a um maior número de leitores”. “A Assírio & Alvim beneficiará das sinergias criadas no contexto do Grupo Porto Editora”, refere o mesmo texto.

O Grupo Porto Editora foi fundado em 1944 e é hoje constituído pela casa-mãe Porto Editora, Areal Editores, Bertrand, Circulo de Leitores, Lisboa Editora, Distribuidora de Livros Bertrand, Livrarias Bertrand, Plural Editores Angola, Plural Editores Moçambique e a unidade de produção Bloco Gráfico.
A este grupo juntam-se as chancelas Albatroz, ArtePlural, Contraponto, GestãoPlus, Ideias de Ler, Pergaminho, Quetzal Editores, Sextante Editora, Temas e Debates e 11×17. Integra ainda o grupo com sede no norte do país a livraria wook.pt.
A Assírio & Alvim foi fundada em 1972, tendo, desde logo, dado grande destaque à edição de poesia. O catálogo da Assírio & Alvim conta com mais de mil títulos da ficção ao ensaio, incluindo literatura infantil, artes plásticas, música e ecologia.
O catálogo da Assírio & Alvim inclui, entre outros, Ruy Belo, Mário Cesariny, Carlos de Oliveira, Fiama Hasse Pais Brandão, José Agostinho Baptista, Fernando Assis Pacheco, José Afonso e Herberto Hélder.” (retirado integralmente daqui). Mas também está aqui, por exemplo…