Posts tagged ‘Brasil’

27/08/2012

Portugal Zero, Brasil

por cam

Lido ontem no blogue da editora Oficina Raquel, do Brasil: «A editora Oficina Raquel afirma-se cada vez mais como uma grande divulgadora da literatura portuguesa no Brasil. No contexto do Ano de Portugal no Brasil, que terá início em setembro de 2012, a Oficina editará quatro títulos. (…) Os outros dois títulos são de poesia: Carlos Alberto Machado e João Luís Barreto Guimarães, destacados poetas portugueses, dão continuidade, nos primeiros meses de 2013, à coleção Portugal 0, coordenada pelo editor da Oficina e também professor de literatura portuguesa da UFF Luís Maffei. Desde 2007, Portugal, 0 edita no Brasil nomes destacados da poesia portuguesa recente, e já lançou, desde então, cinco títulos, o último dos quais dedicado à poesia do exitosíssimo valter hugo mãe. A coleção é sinal de que a Oficina Raquel se interessa pela literatura portuguesa há mais tempo que uma moda. Os livros editados no contexto do Ano de Portugal no Brasil pela Oficina têm apoio da DGLB, Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.»

15/01/2012

DESACORDO ORTOGRÁFICO

por cam

Pedro Mexia assina este Sábado no suplemento A(c)tual do Expresso uma excelente crónica sobre o Acordo Ortográfico: coloca as questões pertinentes, de forma lúcida e inteligente. Com a devida vénia, posto:

ANTIGA ORTOGRAFIA

15/01/2012

POESIA 61 HOJE

por cam

Recebi do Brasil, na Sexta-Feira 13, o livro colectivo, organizado por Jorge Fernandes da Silveira e Luís Maffei, Poesia 61 Hoje, da Oficina Raquel (Rio de Janeiro, 2011). Obrigado, Raquel. Obrigado, Luís.

Eis o Prefácio e Sumário:

20/12/2011

CABRITA NO BRASIL, A SÉRIO…

por cam

O crítico brasileiro Nelson de Oliveira classificou “A Maldição de Ondina“, do António Cabrita, edição brasileira LETRASELVAGEM, de “ÓTIMO”, no Guia da Folha de São Paulo – um dos maiores jornais do Brasil e cujo Guia é de uma enorme importância na divulgação literária.

Fica aqui a reprodução da Folha, com o orgulho que dá saber que os nossos amigos vêm o seu trabalho reconhecido:

06/11/2011

AGULHA

por cam

AGULHA HISPÂNICA FINIS TERRAE

«Em janeiro de 2010 publicamos o número inicial da revista Agulha Hispânica. Completamos agora, em novembro de 2012, seu ciclo previsto de 12 edições e um total de 132 matérias, todas elas dedicadas às artes e à cultura de língua espanhola. As cartas de navegação indicam que construíamos aqui uma ponte em duplo sentido. De um lado, a conclusão de uma primeira fase (1999-2009) da Agulha Revista de Cultura; de outro, a sempre necessária recordação de que o Brasil não é um continente em si, mas sim parte de uma terra mais vasta, em sua grande maioria determinada por uma cultura de língua espanhola. Graças a este segundo aspecto, tratamos de definir melhor os nossos projetos editoriais, criando ao lado da já existente Banda Hispânica um equivalente a que intitulamos Banda Lusófona.

A partir de janeiro de 2012 cuidaremos de uma segunda fase da Agulha Revista de Cultura, de acordo com o que já antecipamos em sua edição # 0 (setembro de 2011). O conjunto de matérias publicadas pela Agulha Hispânica poderá ser visitado pelo leitor interessado a qualquer momento em nosso portal: www.revista.agulha.nom.br.

Em dois anos de circulação da Agulha Hispânica, há um balanço mínimo que cabe aqui observar. Houve certa decepção da parte de colaboradores de língua portuguesa quando dissemos que os temas de interesse da revista circunscreviam-se à cultura e às artes de língua espanhola. Um acompanhamento estatístico permitiu verificar que fomos mais visitados por leitores de língua espanhola do que leitores de língua portuguesa. A ideia de despertar a atenção, no leitor brasileiro, acerca de um ambiente cultural de um idioma vizinho, não funcionou. O poeta argentino Aldo Pellegrini, em 1966, ao publicar na Espanha sua Antología de la poesía viva latino-americana, dizia, no prólogo, que “Brasil y la América hispana comparten los mismos problemas y utilizan un idioma accesible para cualquiera de las partes”. O desejo, mais do que constatação, de Pellegrini, é algo que não se verificou até hoje, exceto em um ambiente circunstancial que mais reflete uma justificativa da ausência de diálogo do que propriamente um interesse de aproximação cultural. Mesmo nas mesas de negociação comerciais ou diplomáticas encontramos desinteresse mútuo em maior conhecimento da língua ou da cultura dos países envolvidos.

Brasil e América Hispânica são dois mundos desencontrados. Os pontos em comum são de uma graça magnífica, porém é uma terra de cegos, em que ninguém quer ver; nativos simplesmente se regozijam da cegueira que os impede de compartilhar um mundo tão vasto e rico, tão múltiplo e afinado em uma legitimidade mestiça que dota o próprio continente americano de uma potencialidade invejável. Aventurar-se como o fez Ken Burns (1953) pelas vísceras da formação do jazz nos Estados Unidos e a partir dessa viagem compor um documentário que reflete essencialmente uma riqueza mestiça, é algo que nos falta à América Latina, naquele sentido de estabelecer diferenças, similitudes, singularidades, afinidades, uma viagem musical cujas entranhas podem dar a senha para descobrir outras viagens, no mundo plástico, na literatura etc. Não justifica eleger os Estados Unidos como um inimigo comum, ao mesmo tempo em que não fazemos nada por mergulhar em nossa história e buscar conhecimento ulterior e pontos coincidentes.

A história da colonização do continente americano é a mesma, de uma ponta a outra de nossa vastidão territorial, sob muitos aspectos. Exploração humana e de recursos minerais, escravidão e deformação religiosa. O balanço de meio milênio não nos torna mais ou menos vítimas ao norte ou ao sul. Desastres ecológicos, acidentes “naturais” provocados, racismos disfarçados em truques de inclusão social, não há governos mais ou menos cretinos em toda a extensão territorial. Cada um participa com seu talento para a desagregação. E à sua maneira, ao modo da conveniência de cada um, as castas intelectuais são coniventes, passivas ou ativas, desse processo de desintegração cultural.

Eu sempre encontrei muita dificuldade no meio intelectual de meu país ao dizer: “temos uma responsabilidade direta nisto…”, em grande parte por esse alheamento que tanto caracteriza o intelectual no Brasil, essa ideia distorcida de que errados são os outros. Um país sem diálogo, que avança (não evolui) por negociações sob a mesa, subterfúgios, arranjos irreveláveis, subornos etc. Uma mesma casta se julga no direito de dissociar-se em defesa ou acusação de Cuba, Estados Unidos, Venezuela, Honduras, sob inúmeros aspectos alheia à essência, alimentada futilmente pelos efeitos de mídia. O Brasil abandonou à própria sorte sua região central e se fez cego em relação à fronteira com os demais países sul-americanos. A única ponte possível, nos dois casos, é a da prevaricação política, do tráfico em suas múltiplas formas corrosivas, a prostituição etc. Nem os poetas da região escrevem sobre o tema. Ninguém se compromete com nada neste país. Terra de Pilatos, aqui ninguém suja as mãos. O país olha para um mar fictício, talvez sonhando com D. Sebastião que venha nos trazer a glória excelsa na terra.

Contudo, a maravilha da existência humana é que os desafios não se esgotam. Concluímos este breve ciclo de dois anos da revista Agulha Hispânica, que assume nova forma de circulação dentro do Projeto Editorial Banda Hispânica, ao mesmo tempo em que inauguramos, já em janeiro de 2012, a nova fase da Agulha Revista de Cultura. Sempre contando com a cumplicidade irmã do Jornal de Poesia, avançamos em mais uma etapa, plenamente conscientes de nossa contribuição à cultura.»

Editorial de AGULHA HISPÂNICA | REVISTA DE CULTURA, nº 12

01. La esfinge insurrecta: poesía en hispanoamérica | Floriano Martins

02. Armando Romero: magias en Cajambre | José Prats Sariol

03. De trovadores y juglares | Américo Ochoa

04. Eduardo Molina Ventura, en los días de nuestros años | Hernán Ortega Parada

05. Gaitán: la sociedad de control en los días del odio… El día del odio, de José Antonio Osorio Lizarazu | Luis Carlos Muñoz Sarmiento

06. Los autobiografemas de Cícera | Pedro Granados

07. Pablo Neruda, El habitante y su esperanza, más allá del surrealismo | Maria Aparecida da Silva

08. Premoniciones políticas y religiosas en Freddy Gatón Arce | Manuel Mora Serrano

09. ¿Qué es una Noche de celofán? Alfonso Peña y El límite del patio | Guillermo Fernández

10. Tábanos 13 poetas chilenos | Christian González Díaz

Artista convidado
Eligio Pichardo | República Dominicana
La imagem popular en la pintura de Eligio Pichardo | Jeannette Miller

04/09/2011

JEAN-CLAUDE CARRIÈRE

por cam

«Seria necessário apresentar Jean-Claude Carrière, nascido na França em 1931? Fora a sua colaboração, como roteirista, com alguns dos principais cineastas do século, fez, entre outros, Esse obscuro objeto do desejo, O charme discreto da burguesia e Bela  da tarde com Buñuel, com o qual trabalhou durante 19 anos; escreveu Viva Maria para Louis Malle; foi indicado para o Oscar de Melhor Roteiro ao adaptar A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera, filmado por Philip Kaufman; e trabalhou com diretores como Milos Forman, Jean-Luc Godard, Carlos Saura, Andrzej Wajda, Jacques Tati e Hector Babenco, que o trouxe ao  Brasil quando das filmagens de Brincando nos campos do senhor. Ele fez a adaptação para o teatro, com enorme sucesso, do poema épico indiano, Mahabharata, dirigido por Peter Brook, com quem trabalha desde 1973. Roteirista, ator, romancista e ensaísta, Carrière também preside a Federação Europeia dos Ofícios da Imagem e do Som, a Fémis (nova denominação do IDHEC a partir de 1985). »

O resto – entrevista – está aqui, na revista Agulha (Brasil).